quarta-feira, 25 de março de 2020

Seu dinheiro: um plano para superar a crise do coronavírus

O fato de os consumidores estarem trancados dentro de casa em quarentena suspende a demanda por produtos e serviços – e, desta forma, trava a economia.

Lojas, restaurantes, fábricas e indústrias também começam a parar. O mesmo vale para prestadores de serviço.

As demissões começam a aparecer e a confiança dos consumidores, a sumir. Como consumir nesta fase? Instaura-se um ciclo vicioso.

Tenho visto gente preocupada em como pagar as contas neste “novo normal”. O fato de termos mais de 60 milhões de inadimplentes no Brasil só piora este cenário.

Como ficam os milhões de brasileiros que não possuem uma reserva de emergência?

Nesta verdadeira calamidade, criei, com as ferramentas da educação financeira, um plano para quem estiver com dificuldade de pagar as contas nestes tempos de crise. Confira:

1. Faça cortes emergenciais de gastos

É difícil andar para trás na vida – e ninguém gosta de abrir mão de algo que já se tornou um padrão.

No entanto, é fundamental entender que existem diversos gastos que podemos cortar neste momento.

Viagens podem ser adiadas, assinaturas de revistas e aplicativos podem ser canceladas. Dá para trocar planos de celular, TV a cabo, pacotes de tarifa do banco… tudo para conseguir economizar o possível neste momento.

Além disso, quem está de quarentena já reduz automaticamente as despesas com transporte, alimentação e lazer fora de casa.

Quanto mais leve ficarem os seus gastos durante a crise, mais fácil será de superar todo este período.

2. Saque os seus benefícios

O governo já anunciou uma série de medidas que trazem benefícios para a população. É possível sacar R$ 500 do FGTS até dia 31 de março – e esse prazo deve ser estendido até o fim de abril.

Já o abono do PIS/Pasep deve ser adiantado também. Quem tem direito, deve aproveitar para receber estes recursos o quanto antes.

3. Reveja as suas dívidas

Na esteira dos pacotes do governo, os maiores bancos estão anunciando medidas para apoiar os endividados. Este é, portanto, o momento para renegociar dívidas – tanto para pessoas físicas, quanto jurídicas.

Já é possível pausar o pagamento de financiamentos imobiliários e de automóveis, por exemplo, e os maiores bancos do país poderão prorrogar dívidas por até 60 dias.

Além disso, o próprio Serasa Experian anunciou que o Feirão Limpa Nome online irá permitir o parcelamento das dívidas em até 48 vezes – o programa fica disponível até dia 31 de março.

4. Foque em investimentos com liquidez

Todo o dinheiro que for economizado deve ser aplicado em investimentos de alta liquidez. Neste cenário de crise, até o Tesouro Direto tem enfrentado dificuldades e suspendido as negociações quase que diariamente.

Por isso, o ideal é deixar o dinheiro aplicado em fundos DI taxa zero – a melhor opção para o curto prazo até que a situação se estabilize. Quem tem reserva de emergência durante a crise consegue dormir com mais tranquilidade à noite.

5. Caso precise resgatar, tire dos investimentos com maior liquidez também

Nestes momentos, fica clara a importância de ter uma reserva de emergência. Ela existe para ser usada exatamente em tempos como este.

Caso precise resgatar dinheiro de alguma aplicação, priorize fazer os saques dos investimentos que possuem maior liquidez e menor cobrança de Imposto de Renda.

Quem precisar de recursos que estiverem aplicados na Previdência Privada, por exemplo, pode acabar pagando uma alíquota altíssima.

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