terça-feira, 1 de setembro de 2020

Não vale a pena ficar com Real

Já estamos há quase 3 meses na crise do COVID-19 e o mercado está mostrando algumas tendências que você não deve perder. Iremos explicá-las hoje.

Desempenho do dólar/real 

O COPOM, Comitê de Política Monetária, continua reduzindo a taxa de juros básica do país, tornando os títulos de dívida do Brasil menos atrativos. Enquanto o Brasil alcança níveis recordes de rombo fiscal, aumentando o risco de calote da dívida, as taxas deveriam refletir esse risco.

Mas com a fuga de capital do Brasil para países estrangeiros, fica claro que os investidores estão enxergando que a taxa Selic está artificialmente baixa, e o Real não está valendo a pena.

Por outro lado, o governo norte-americano consegue adotar as práticas de cortar juros e imprimir moeda sem as mesmas devastadoras consequências por causa da alta demanda mundial que o dólar tem.  

Ainda segundo o FMI, as projeções para o Brasil não são nada boas, o nosso PIB deve encolher 5,3% e o desemprego deve alcançar os 14,7%.

Por esses e outros motivos, o desempenho do dólar americano e suas stablecoins como TrueUSD apresentaram um crescimento exponencial até os R$ 5,69, no momento da escrita deste artigo.

Ou seja, se você tivesse comprado mil reais em TrueUSD na Foxbit no começo do ano, eles estariam valendo hoje cerca de R$ 1293,18.

Desempenho do ouro/real

O ouro (XAU) é outro ativo muito procurado em crises econômicas, é uma reserva de valor milenar com um marketcap de quase US$8 trilhões. 

O minério além de ser usado pela indústria, é figura certa em crises econômicas. E não foi diferente nessa.

Segundo dados do Bullion-rate, o XAU teve uma valorização de 43% perante o real. O grama de ouro saiu de R$215,96 e está sendo cotado no momento que escrevemos o post em R$309,81.

Isso significa que se você tivesse comprado R$1000,00 em ouro no começo do ano, agora você teria R$1430,00. Veja no gráfico abaixo como o ouro subiu:

Desempenho bitcoin/real  

Se você ficou abismado com o desempenho do ouro, não esqueça do ouro digital. O Bitcoin apresentou uma valorização surpreendente. Hoje, R$ 1,00 compra apenas 0,000017 Bitcoin.

A criptomoeda saiu dos R$28.266,00 no começo do ano para o patamar de aproximadamente R$64.200,00 enquanto escrevemos esse post, hoje, dia 01/09/2020.

Apesar de ter uma grande queda no dia 12 de março, o desempenho do Bitcoin durante a crise está apenas reforçando a tese de reserva de valor que acreditava-se que o ativo digital poderia ser.

Vantagens do bitcoin sob o ouro e dólar?

Além de não se deteriorar com o tempo, podendo ser guardado com segurança ao longo dos anos, o Bitcoin a cada ano que passa apresenta maior liquidez, podendo ser usado como dinheiro em qualquer lugar do mundo. Hoje o Bitcoin é aceito nas maquininhas da Cielo e em outras milhares de lojas online e offline. 

O ativo também tem aplicabilidades fora o seu uso como dinheiro, como registros de autenticidade em Blockchain. E por fim, e mais importante característica de uma reserva de valor, o Bitcoin é verdadeiramente escasso, e essa foi sua maior inovação, trazer a escassez para o mundo digital.

Desde que as moedas estatais perderam seu lastro e se tornaram fiduciárias (baseadas em confiança), elas não apresentam escassez real, tendo suas ofertas aumentadas a níveis imprevisíveis no longo prazo.

Risco de confiscarem seu dinheiro

Além de perder valor para o dólar, ouro, bitcoin e diversos outros ativos, o real tem um risco jurídico muito grande.

Como foi noticiado no Cointimes, o congresso já chegou a pautar um projeto para confiscar dinheiro de empresas privadas.

Felizmente ele foi rejeitado, contudo, o chamado “empréstimo compulsório” pode voltar a qualquer momento e segundo o Mestre em Direito das Relações Econômicas da FGV, o Dr. Pedro Barreto: “ o tributo pode incidir de imediato, não é necessário aguardar o mínimo de 90 dias e nem é necessário aguardar o exercício financeiro seguinte”.

Ou seja, se o governo achar necessário, ele irá aplicar o empréstimo compulsório. O Cointimes explica melhor as questões jurídicas por trás desse risco.

Se é muito fácil para o governo confiscar o seu dinheiro, como já aconteceu em 1994 com Collor e agora no Líbano, é impossível que ele pegue seus bitcoins sem sua autorização explícita. 

O real não está valendo a pena em 2020

Como vimos, guardar o esforço do seu trabalho em reais tem sido extremamente negativo. Seu poder de compra está diminuindo, o valor perante os outros ativos derretendo em pelo menos 40% e o risco de “empréstimo compulsório” cada vez mais eminente.

O Bitcoin, TrueUSD e as criptomoedas em geral ajudam a reduzir o risco jurídico e estão se provando resistentes a atual crise global, diferente do real – a pior moeda de 2020.

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